"o aprendido é aquilo que fica depois que o esquecimento fez o seu trabalho" (rubem alves)
é como se diz, o tempo é um santo remédio. e bota santo nisso. posso dizer que hoje sou outra pessoa de um ano atrás. uma nova etapa de fato foi iniciada naquele 23.03.2010. agarrei com força e confiança a única opção que eu tinha: ou deixava o passado em seu lugar, ou viveria presa nele. e assim os meses iniciais se arrastaram me jogando novamente e ainda mais forte numa dor imensa e quase inacreditável. não acreditava - e às vezes ainda não acredito, é verdade, mas são segundos que se dissolvem como gota de água na frigideira quente - na separação, no fim do amor. ele, o amor, me dizia, acabou, se tranformou. e eu não via, não queria ver o que estava vendo. fechei os olhos. chorei, senti raiva, desisti de meus projetos, evitei seguir adiante. mas o tempo, o tempo me calou, acalmou meu coração, secou mais uma vez e pela última vez, as lágrimas pelo velho motivo. desacretitei. de tudo. e preparei em mim um novo começo. de mim mesma.
sem dúvida, nossa relaçao hoje não era a que eu queria, nem a que eu imaginava, mas apenas é a possível. e esse pouco pra mim é o suficiente.
nesse ano 1 ainda preciso deixar escrito o que sinto. mas não liguei, nao mandei qq mensagem - email, carta, sinal de fumaça ou torpedo. a saudade? se existe saudade fria, é essa que sinto. como flor coberta de orvalho num dia de inverno. flor de ir embora...
"e lá vou eu..."
gleice.
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