segunda-feira, 23 de agosto de 2010

o mandarim, a espera e o mistério

"Um mandarim estava enamorado de uma cortesã. “Serei tua, diz ela, quando
passares cem noites me esperando sentado num tamborete, em meu jardim, sob
minha janela. Mas, na nonagésima nona noite o mandarim se levantou, pôs seu
tamborete debaixo do braço e partiu". 
(r. barthes, "fragmentos de um discurso amoroso")
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cortesã não sou, porque, como diz saramago, não tenho o poder de deixar ninguém esperando por mim. sou então o mandarim, que de tanto esperar seu amor, dele desistiu. parto-me. e vou embora.

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